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segunda-feira, 23 de abril de 2012

Guardei seu cheiro nos meus pulmões.

Longe daqui, de mim, de nós. Parece que guardou a esperança naquela velha mala no fundo de um guarda-roupa abandonado pelo calor de nossas roupas. Você que não ousa passar pelo corredor que dá acesso ao quarto, que mesmo frio ainda deve guardar nosso cheiro. Você que tapa os ouvidos e os olhos para meus chamados. Eu, do outro lado, no canto de cá da cidade vivendo nessa distância criada por você, mas essa distância imposta nunca me deixou virar as costas para o que fomos, somos. E meu pensando se enche de nós ha todo instante. Guardei seu cheiro nos meus pulmões, suas paisagens, seus detalhes que tanto me fez querer viver de amor, do seu amor. Eu sentia e me encheia de sorrisos ao ver que tudo crescia aos meus olhos, pena, eram só nos meus.

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