Páginas

sábado, 6 de novembro de 2010

Amor Platonico


Eu sou apenas alguém
Ou até mesmo ninguém
Talvez alguém invisível
Que o admira a distância
Sem a menor esperança
De um dia tornar-me visível

E você?
Você é o motivo
Do meu amanhecer
E a minha angústia
Ao anoitecer

Você é o brinquedo caro
E eu a criança pobre
A menina solitário que quer ter o que não pode
Dona de um amor sublime
Mas culpada por querê-lo
Como quem a olha na vitrine
Mas jamais poderá tê-lo

Eu sei de todas as suas tristezas
E alegrias
Mas você nada sabes
Nem da minha fraqueza
Nem da minha covardia
Nem sequer que eu existo
E como um filme banal
Entre o figurante e a ator principal
Meu papel era irrelevante
Para contracenar
No final
No final
No final

Nenhum comentário:

Postar um comentário